Durante evento que marcou hoje o primeiro embarque de carne bovina da fábrica para a China, com a presença do presidente Lula, a JBS anunciou nesta sexta-feira que vai duplicar a capacidade de processamento e a força de trabalho de sua unidade Campo Grande II, na capital sul-mato-grossense, o que vai torná-la a maior planta de carne bovina de toda a América Latina e uma das três maiores da JBS no mundo. A companhia vai investir R$ 150 milhões para permitir que, daqui um ano, o volume processado diariamente na fábrica passe de 2.200 para 4.400 animais, enquanto a quantidade de colaboradores vai saltar de 2.300 para 4.600.
“Essas 38 habilitações pra China significam um passo gigantesco para o agronegócio brasileiro. Significam crescimento, geração de emprego e renda. Para indústria, para o campo, para as pessoas, para o comércio, para cidades”, disse Gilberto Tomazoni, CEO global da JBS. “Operamos em muitos países ao redor do mundo e nenhum deles é hoje tão atrativo quanto o Brasil para se investir no agronegócio”, completou. Além de Lula e do governador Eduardo Riedel (PSDB), a cerimônia contou com os ministros Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária), Simone Tebet (Planejamento e Orçamento), (Aparecida Gonçalves), outras autoridades e lideranças empresariais.
A unidade foi uma das 38 habilitadas pelo governo chinês, em 12 de março. Antes, o Brasil contava com 106 plantas habilitadas para exportar ao país asiático. Agora são 144. MS passou de três para nove fábricas de proteína bovina habilitadas que agora podem embarcar um volume equivalente a 2,3 milhões de animais, acréscimo de 1,87 milhão. Antes, o número de exportação para a China alcançava um número equivalente a, no máximo, 467 mil cabeças. Considerando o share de processamento no estado, o potencial de embarque para a China subiu de 11,4% para 57,1%.
Além da China, a fábrica da Capital pode exportar para Estados Unidos, Argélia, Egito, Emirados Árabes Unidos, Argentina, União Europeia e Chile, entre outros.