Com cenário de quebra da segunda safra de milho, Mato Grosso do Sul recebe expedição técnica para avaliar lavouras

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As duas últimas equipes de campo do Rally da Safra 2024 estarão no sul do Mato Grosso do Sul a partir do dia 16 de junho para avaliar lavouras de milho segunda safra. A primeira sairá de Campo Grande em direção às regiões de Dourados e Ponta Porã, deixando o estado para seguir até Guaíra (PR) no dia 19.

A segunda incluirá a avaliação de lavouras na regão de Naviraí, seguindo depois até Assis Chateaubriand (PR). A expedição técnica já visitou, na etapa milho, as regiões Sudeste, Leste, Médio-Norte e Oeste do Mato Grosso, Norte do Mato Grosso do Sul e Sudoeste de Goiás.Com a redução de área total do Brasil e condições climáticas irregulares no Mato Grosso do Sul e Paraná, a Agroconsult, organizadora da expedição técnica, estima um volume de 96,7 milhões de toneladas na produção brasileira de milho segunda safra – 10,5% abaixo da temporada passada – com produtividade de 98,8 sacas por hectare (7% menor que na safra 2022/2023).

Apesar de terem implantado as lavouras em calendário muito mais favorável do que na safra anterior, Mato Grosso do Sul e Paraná registram perdas decorrentes do clima seco ao longo dos meses de março e abril.

“O cenário do Mato Grosso do Sul, sem dúvida, é o mais preocupante. Toda a região Sul do estado foi afetada pela estiagem que trouxe danos irreversíveis”, explica André Debastiani, coordenador do Rally.Mesmo sendo uma safra menor, há bom potencial de produtividade no Mato Grosso e Goiás, o que irá compensar parte da quebra nos outros dois estados, aponta Debastiani.

A expectativa inicial de um calendário ruim para implantação da segunda safra não se concretizou. O encurtamento do ciclo da soja abriu uma janela muito favorável para o plantio do milho nas principais regiões produtoras.

Área plantadaNo início do ano, diante dos altos custos de produção e preços em queda, a Agroconsult considerou o contexto econômico para reduzir a estimativa de área plantada no país em cerca de 1 milhão de hectares. Já em maio, a estimativa acabou sendo ampliada para 16,3 milhões de hectares (redução de 3,8% ou 662 mil hectares sobre 2022/23).

“O cenário econômico continua desafiador, porém o calendário de plantio acabou sendo benéfico e impulsionou o plantio”, diz.Há diferenças regionais importantes: Mato Grosso (com queda de 5,5% na área) e Goiás (com diminuição de 11,4%) tinham indicação de redução muito maior de área plantada, o que não aconteceu. Já o Paraná teve uma redução de área na safra 2022/23, mas, em 2023/24, a área cresceu 10,9% diante do bom calendário.

Calibrar a estimativa de produtividade de cada estado diante do clima, da janela de plantio e do investimento realizado em cada lavoura é a missão das equipes do Rally. As estimativas pré-Rally apontam para queda de produtividade em todos os estados, com destaques positivos para o Mato Grosso – projeção de 118 sacas por hectare (120,1 em 2022/2023) – e Goiás, com 112 sacas/hectare (119 sacas/ha na safra passada). Já os destaques negativos são o Mato Grosso do Sul, com 68 sacas por hectare (97,5 na safra passada), Paraná com 90 sacas/hectare (98 na safra anterior), e São Paulo, com 77 (89 na última temporada).

O Rally da Safra está em sua 21ª edição e conta com o patrocínio do Santander, OCP Brasil, BASF, Credenz, Soytech, Biotrop, Serasa Experian e JDT Seguros. Até o dia 22 de junho, os técnicos estarão em campo realizando o levantamento nas lavouras de milho segunda safra.Em sua etapa para avaliação de soja, o Rally da Safra percorreu, desde janeiro, 15 estados (MT, RO, GO, MG, MS, PR, SC, SP, RS, MA, PI, TO, BA, PA e DF) durante as fases de desenvolvimento das lavouras e de colheita. As áreas visitadas respondem por 97% da área de produção de soja e 72% da área de milho.

Assessoria de Comunicação

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